Reunião: entidades discutem melhores condições de trabalho para farmacêuticos

Entidades farmacêuticas e representantes da Assistência Farmacêutica do Município de Salvador reuniram-se na última segunda-feira, 14, no auditório do Conselho Regional de Farmácia (CRF), para tratar de assuntos de interesse da categoria. Cerca de 25 servidores do município estiveram presentes acompanhando as discussões.
Na pauta do encontro estava o debate sobre as condições de trabalho do farmacêutico, assim como as ações que o Ministério Público tem promovido contra o conselho. Mesmo não constando em pauta, a necessidade do chamamento dos aprovados no ultimo concurso para ajudar na resolução de parte dos problemas.
Entre as propostas elencadas estão a criação de um Fórum para discutir questões relacionadas aos profissionais, a exemplo da necessidade de melhorias no plano de assistência farmacêutica para o município de Salvador e, principalmente, as melhorias nas condições de trabalho do farmacêutico, que lideram a lista de reivindicações.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia, Magno Silveira, é preciso que ocorra, o mais breve possível, o cadastramento das unidades da prefeitura no CRF, para que haja maior acompanhamento das necessidades e carências dos profissionais, assim como para facilitar as ações das entidades de classe. “Além disso, o município precisa nomear urgentemente os profissionais que passaram no concurso, isso é imprescindível nesse momento”, ressalta Silveira.
Na ocasião, a representante da Fenafar, Eliane Araújo Simões, também falou sobre a valorização dos profissionais. “Somos responsáveis pela saúde da população, por isso mesmo que temos o dever de garantir os direitos dos trabalhadores farmacêuticos”, completa.
Conforme dados do CRF cerca de 86% das drogarias baianas estão sem a presença de um farmacêutico profissional, o que confere risco à população devido ao uso indiscriminado e inadequado de remédios. “Já identificamos ausência de profissional até nos  Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Hoje, na rede pública municipal, só temos 86 farmacêuticos atuando, é muito pouco para a quantidade de habitantes de Salvador. Por isso que estamos reivindicando que, tanto a obrigatoriedade do farmacêutico em drogarias, quanto as melhores condições de trabalho para o profissional, sejam cumpridas”, disse o presidente do CRF, Mário Martinelli, que dá como exemplo de situação precária no exercício da profissão, a falta de cadeiras adequadas, espaço para atendimento ao paciente, entre outros.

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